quarta-feira, 24 de outubro de 2012

‎"Sabe a mania das pessoas de comparar sentimentos a coisas? Ultimamente, tenho ouvido muito sobre o amor como um mar. Às vezes calmo, sereno. Às vezes tempestuoso, cheio de perigos, mas depois vem a calmaria. Mas, pra variar, o amor que eu sinto não é como um mar. Não é nem como um rio, que corre e escoa no mar. É um amor contido, devagarinho, seguro mas cheio de buracos incertos no fundo. Esse amor tipo água de represa. Esse amor que não está pra valsa, não está pra samba, não está pra nenhuma opereta. Está pra canções compostas com sonetos de Camões, está pra uma letra de um escritor sofrido e para a voz de um cantor contido. Faça meus os versos de um certo “monte castelo”, onde se dizia que o amor é um fogo que arde sem se ver."
Alguém.

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