sábado, 3 de novembro de 2012

"Não, não. Eu insisto. Tome, guarde contigo. É seu agora, entende? Não gosto disso, mas é a verdade. Tudo bem, tudo bem, meu amor. Apenas mantenha-o perto do seu. Eu não sei. Guarde-o no bolso da tua jaqueta talvez. Só sei que posso sentí-lo, mesmo que meu coração já não seja meu. Posso sentí-lo batendo no ritmo da tua respiração, meu amor. Talvez isso não faça tanta diferença, mas peço que cuide dele. Olhe só para mim, estou escrevendo um desses textos clichês que eu não aguento nunca ler até o fim. Como você faz isso comigo? A garota insensível, desregulada e que achava que nunca ia amar ninguém, se foi. Okay, ainda sou uma dessas desreguladas que cortam o cabelo no meio da madrugada com uma tesoura cega e fazem tattoos sem pensar no amanhã. Mas você chehou como quem não queria nada, o aluno novo, roubou meus olhares todos pra você - e olha que você nunca foi muito bem meu tipo de cara. Você era o menino baixinho, franzino, que vivia com aquele maldito moletom azul. Eu ficava lendo Edgar Allan Poe enquanto você ficava fazendo código HTML no seu caderno. Nunca entendi sua fixação por tecnologia, mas tudo bem. Também não entendo essa minha fixação em você."
Alguém.

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